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Adriana Rodrigues Vieira

Mais Olhos Que Bazuca

O nome significa a entrada de muito dinheiro, a maior parte a fundo perdido, da União Europeia. Não gosto da ideia de constituir um grande poder financeiro para vencer a crise, sendo a única solução para colmatar as lacunas do nosso Portugal assoberbado de complicações.



O governo português desenhou a bazuca europeia mais virada para o setor estatal, virada para a economia pública. Sinto que o dinheiro da bazuca europeia está centralizado, muito ligado à área de saúde e à administração pública e não tão ligado, infelizmente, à recapitalização das empresas e digitalização que são áreas cada vez mais prioritárias e sobre as quais deverão incidir as reformas estruturais alinhadas às prioridades da União Europeia. O que tende a ser o cenário inverso dos países lá fora.


O sucesso dos grandes investimentos infraestruturais pressupõe sempre o conhecimento prévio do nível de maturidade dos projetos, bem como precisar se é ou não viável em termos técnicos, económicos e financeiros, do seu impacto territorial e ambiental, e ainda do seu enquadramento orçamental e respetivo modelo de contratação.


É também verdade que estes fundos europeus não são dinheiro que entra garantidamente, é preciso estabilizar objetivos e cumprir um conjunto de requisitos para então conseguir a ajuda pretendida.


Por exemplo, creio que é fundamental tornar as infraestruturas robustas e adaptá-las a novas exigências energéticas e climáticas, assim como adaptar as empresas para a transição para uma realidade mais digital (inclusive apostar na automação dos processos), criar benefícios fiscais, reduzir a carga fiscal e arriscar na sustentabilidade e na conexão em infraestruturas públicas e políticas de incentivo, sobretudo, no interior do país. Deve haver este incentivo de forma a captar a poupança externa, atendendo à nossa economia altamente endividada.


Portanto, é de extrema importância garantir uma produtividade mais competitiva de Portugal, assim como reduzir os custos de contextos relativos à burocracia e à minha área de formação, a justiça.

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