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Simone Silva

Sem título


Tábula Rasa arrasada

Alma cansada

Pé a pé a pegada

De carbono

E tanta resolução da ONU

P’ra nada

Constrói célere a impúbere fachada

Morre antes da hora, à chegada

Este canto lusófono,


Mundo preso num canto monótono

Soe antes gritante esse galo

Tábula que se vê como fábula que se lê

Ao contrário

Como salmão no lago,


Povo dito otário

Monótono o canto do horário

Alienado e mal pago

A priori a prisão, diz tradição

Contratualismo, essencialista ou não

A posteriori a real dominação

Venha Nietzsche e sua postulação

Weber e sua resignação

Verdade se constitui na burocracia

No mercado, na economia

E socioeconómicas nossas manias

Freudianas Patologias

Venham as vossas demagogias!

Que aqui fica tudo acabado

Ser humano é regido não pela inovação, pelo mercado

Daí não vir o teletransporte

Mas o teletrabalho,


E enquanto liberal se vê individualizado

É só mais uma carta no baralho

O indivíduo só existe

Se a comunidade o reconhece

Persiste em vão esta tese

Porque continuarão, raça humana em corda bamba

Até que tropece.



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